Dicionário Filosófico-Social do Cabaré das Ideias

Um dicionário é, acima de tudo, um instrumento para entendermos o mundo e nos inserirmos nele. Justamente por essa premissa, decidi criar uma página, aqui no Cabaré das Ideias, apenas para poder ofertar um dicionário filosófico-social, verdadeiro mapa do caminho aqui do Brogui. Como todo dicionário, ainda mais um de caráter filosófico-social, ele é dinâmico porque a linguagem é dinâmica, apontando uma constante renovação da linguagem e mesmo da filosofia social. O intuito, como já observado, é fornecer um recurso de entendimento de expressões conceituais sofisticadas como a múltipla instrumentalização linguistica, filosófica e sociológica de “problema” que pode se tornar “pobrema” ou “ploblema” em conformidade à dimensão deontológica dos fenômenos, aqui dispostos através dos posts (contos, relatórios, depoimentos, etc). O dicionário será construído em conformidade ao surgimento de novos conceitos ou até mesmo da reconfiguração dos mesmos. Mandem sugestões!!!! Ao final do Dicionário Filosófico-Social, os leitores do Cabaré das Ideias serão contemplados com a narração do maior Linguista brasileiro e também um dos maiores inovadores conceituais em vida no mundo: Carro Velho de Quixeramobim.

A –

Alfisina – Palavra de origem árabe. Seu significado original remete ao laboratório de alquimistas. Na alfisina eram realizados os experimentos para se descobrir a Pedra Filosofal.

Arti – pintura rusticas e abstratas nos muros da visinhança, arti do meu visinho que colori os muros mofados com tinta sprei, ou qualquer poduto q colori. Ele é o genio dessa arti nova aí de rua. Ele é meio pintor meio poeta, escrevi frases bonitas no muro da minha rua. Lá no bairro temos essa arti atual, não conheço esses museur com coisa esquisita não, aqui tem arti é só sair no portão e oiá [ contribuição conceitual da FotoFilósofa, também conhecida como Fenomenóloga. Aquele agradecimento por tão importante elucidação].

B –

– Bassoura: instrumento para arregimentar limpeza ontológica nos seres animados e inanimados, como o grupo Restart.

Baticano: localidade metafísica situada na península itálica. Remete aos primeiros Homens Sexuais Institucionalizados. Segundo as lendas é o local onde líderes metafísicos são “canalizados”, entendendo por “canalizar” o ato de ir ao cirurgião dentista.

Berruga: protuberância dada a todo Mago e a toda Vestal. Não ocorre em vampiros que brilham de dia feito purpurina. Também é assunto tabu entre humanos e humanas não-Iniciados nas artes atlantes. É isso.

Bicicreta: instrumento tecnologico de locomoção. Dizem que o ET de Spielberg aprecia muito.

C –

-Caixa de Fost:elemento mitológico grego que, segundo Ésquilo, foi deixado por Prometeu, como presente, a toda humanidade. Serve para aquecer relacionamentos frígidos.

– Cardaço: Na Atlântida era utilizado para amarrar corações e mentes ao que é palpável (tangível). Os pés eram utilizados como metáforas para simbolizar o “cardaço”.

– Cardeneta: nome dado às Escrituras Atlantes.

– Céleblo: Segundo Kant, o “Céleblo” precede o conhecimento a priori. Lamentavelmente essa informação, contida na Crítica da Razão Pura, se perdeu quando Kant teve de usar a página desse escrito para fins intestinais.

– Cerumano: homem que passou por cirurgia de inclusão de próteses de cera. Cerumano também é o termo aplicado a pessoas que  cumprimentam outras com saudações como: “e ae, mano!”. Caso o indíviduo seja chamado de Ceruvaldo, mescla-se nome e saudação resultando na inferência: “e ae, cerumano!”.

– Cocrete: Estado de espírito. O “Cocrete” se manifesta diante do desespero gastronômico. É muito visto em casas de avós sob a mesa coberta com uma toalha estilo chita.

Chalchicha:Segundo Hans Morgenthau, teórico realista das Relações Internacionais, a “Chalchicha” é o verdadeiro graal da política. É um mistério como se faz a política e também é interessante não saber como se faz essa política e nem como se processa essa metafísica “Chalchicha”.

– Chicreti: Instrumento para fins de prazer pansexual. Muito comum escutar: “qué um xicreti?”. Saiba que é um convite para orgias inomináveis dignas de Nero e sua turma romana.

– Conzinha: Termo em latim empregado por grandes apreciadores de gastronomia exótica, como as culinárias paraguaia, tcheca e taitiana.

D –

Di Menor: status ontológico outorgado às tradições gnósticas. O que denota forte preconceito filosófico.

E –

Escada Rolântica: tradução literal para a canção Stairway to Heaven do Led Zeppelin. Existe forte teor mágico na pronúncia de “escada rolântica”, por isso recomenda-se não pronunciar, caso não seja um mago experiente, o termo em momentos de profunda dor de dente sábado a noite: a coisa pode piorar.

F-

Familha: conjunto de ilhas que, próximas umas às outras, tende a ser considerado um grupo de parentesco. Antropólogos e Geólogos continuam, nas últimas décadas, em acalorados debates sobre se existe naturabilidade no incesto em familhas no Oceano Pacífico. Um grupo interdisciplinar fez uma proposta, no último Encontro Internacional de Antropogeologia, que a familha tradicional tende a desaparecer e dar lugar a familhas mais homogêneas. Fundamentalistas religiosos brasileiros e americanos vem promovendo, recentemente, campanhas contra as familhas, não importa suas localizações geográficas específicas.

Figo: palavra de origem latina. Denota, segundo etimólogos, órgão do corpo humano, mas ganhou, com o passar dos séculos, conotação espiritual por ser capaz de se regenerar. Em geral a porção de “bife de figo picadinho com jiló” é muito saudada por apreciadores de cachaça entre outros destilados.

G-

Galfo: instrumento universal para fins alimentícios. Para maiores informações ver também “Malmita”.

H-

Homensexual: sujeito masculino dado a promover sexo de maneira desenfreada, ainda que de maneira heróica. Assim como existe o Super-Homem ou o Homem-Aranha, existe o Homensexual.

I-

Imbigo: “o Imbigo do Mundo”. Conceito ontológico relativo a natureza do mundo metafísico e nossa ligação com o mesmo, através do “imbigo”.

Indentidade: palavra de origem grega. Denota a condição sócio-econômica da pessoa. Muito comum se escutar da boca e da barriga de “otoridades” a frase: “indentidade peçoal, vamo logo!”A frase é dita especialmente aos usuários de transporte coletivo, motoboys, frequentadores de churrascos em lajes e dançarinos e equilibristas de rua.

Iorgute: bebida de origem extra-terrestre. Foi apropriada pelos terrenos com o objetivo de elevar o espírito diante de situações inamistosas. É muito comum o Iorgute ser utilizado para fins de desentupimento de ideias e intestinos, também é comum, em algumas tradições, que o Iorgute seja servido já proximo de estragar para visitar incomodas que perduram por semanas na casa ou apartamento da pessoa versada nas artes mágicas do Iorgute.

J

K

L-

Lâmpida: objeto utilizado para fins mágicos. A pesssoa, durante um ritual mágico, deve portar taça, punhal, areia e lâmpida para o fim de iluminar seu caminho até as terras áridas ou verdejantes, dependendo do roteiro turistico requisitado.

Largatixa: estranho réptil de origem duvidosa. Estudiosos apontam que a “Largatixa” é descendente direta dos Reptlianos que habitam as produndezas da Terra. Alguns conspirólogos sérios apontam que as “Largatixas” funcionam como “espiãs” em nosso mundo, observando e catalogando, principalmente, costumes libidinosos e higiênicos das pessoas, independente da classe social.

M-

Malmita: ítem fundamental nas mais variadas especialidades gastronômicas. Em geral, é servida a malmita com o galfo. Rezam as lendas que o uso de malmita com galfo remonta aos primeiros filósofos gregos, especialmente Pratão.

Manrrom: cor sagrada para os detratores do cantor Roberto Carlos.

Mindingo: termo dado aos Lordes urbanos, viajantes entre mundos. Arquétipos mitológicos.

Mortandela: iguaria inigualável. É costume pedir nos estabelecimentos mais finos a famosa “mei quilo de mortandela”. Os melhores Chefes de Cozinha sugerem que para a perfeita apreciação dessa iguaria é necessária dizer “mortandela” e, em seguida, mordiscar a carne. O prazer, dizem, é orgástico.

N

O

P-

Prástico: o que faz um cirurgião: prástica. Prática muito apreciada por artistas, milionários em geral e emergentes.

Pobrema: rica palavra derivada do Latim. Seus significados são diversos. Um pobrema pode significar a transcendência da realidade através de mecanismos sociais diversificados dos usuais. Já Ploblema denota a incapacidade lúdica de alguém vencer um desafio social. Porbrema significa situação de risco de uma pessoa.

Q-

Quejin: Alimento sagrado para os Sino-mineiros (mistura de tradições chinesas confucionas e mineiras). A própria grafia de “quejin” remente ao Mandarim. Comumente se usa o termo “quejin com goiabada”. Estudos comprovam que é um alimento fortificante e, ao lado do pão de queijo e do doce de leite, é o verdadeiro manah outorgado pelos deuses e deusas aos sino-mineiros de Beraba, Berlândia e Belzonti.

R-

Rim: erroneamente considerado órgão do corpo humano. Rim, na verdade, diz respeito a condiçao existencial negativa vivenciada por uma pessoa. Se a situação for muito difícil é costume escutar: “ah, a coisa tá rim, hem!”

S-

Síndrome Didau: relatos da Antiguidade já nos atestavam dessa Síndorme Didau. Cita-se que essa Síndrome Didau é muito comum em avançadas inteligências artificiais. Há no livro “Eram os Deuses Astronautas” algumas observações relativas aos astronautas da antiguidades que, para não se perderem nas viagens espaciais, utilizavam daqueles e daquelas que possuíam Síndrome Didau para apontar as melhores rotas espaciais. Didau, nesse sentido, foi um grande explorador espacial da antiguidade, mas seus relatos chegaram até nós de maneira muito parcial.

T-

Táuba: pilar da magia atlante. É o que sustenta o saceerdote ou sacerdotisa durante um ritual de construção. É pronunciado sempre, para o fim de atrair energias positivas durante a construção de um templo, casa ou puxadinho.

Taieri: nome de uma Amesha Spenta persa. A beleza de seu nome foi incorporada a cultura brasileira e, de forma equivocada, é relacionada a talher. Rezam as lendas que a deusa Taieri irá retornar nos fins dos tempos para um grande almoço dançante. É o que esperamos.

Tecninológico: alguns cientistas sociais que trabalham com a chamada Info-Science vem debatendo, ao longo de inúmeros artigos em periódicos especializados e em congressos científicos o patamar de evolução tecnológica atual da humanidade. Alguns especialistas apontam que cada vez mais a info-tecnologia se tornará mais orgânica. E alguns casos ilustram bem esse caso: Nina Sharp, personagem do seriado Fringe é uma pessoa Tecninológica – por ser Nina e ser Tecnológica. O mesmo caso se aplica ao Kiko, do seriado clássico Chavo del Oro (Cháves) que atualmente recebe inúmeras interfaces cibernéticas e se tornou uma espécie de Tecnokikológico – um Kiko Tecnológico rá rá rá, gentalha gentalha vocês me deixam louco (programação universal do indivíduo Kiko).

Tóchico: propriedade medicinal, embora de uso restrito. É recomendável parcimônia no uso.

U –

Usucampeão (usucapião): técnica muito utilizada por esportistas olímpicos, nas mais variadas modalidades esportivas, para se atingir pleno potencial físico, tornando-se um verdadeiro e contínuo campeão. Entretanto, recentes estudos vem sugerindo que o uso indiscriminado dessa técnica pode tornar o esportista broxa, caso seja homem, ou frígida, caso seja mulher e as duas coisas se a pessoa possuir os dois sexos.

W-

V-

X-

Y-

Z-

12 pensamentos sobre “Dicionário Filosófico-Social do Cabaré das Ideias

  1. Rs…esse lance do Kant está estranho. Ele comeu essa página para utilizar as fibras em favor do intestino? rsss…ainda bem q celéblo não tem mesmo lá…rs..senão seria um livro de robótica, se bem que podemos adaptar…rss Agora para falar celeblo tem que ter a língua presa rsss. Talvez Celebro seria melhor.
    Mas ninguém fala essa palavra é muito científica, falam cachola.
    – Malmita: referência indevia à Platão, pois galfo é coisa inventada por filósofos frescos como Descartes, que eram muito frágeis e delicados, só podiam comer com galfo, pois este duvidada de tudo incrusive da existência da tar malmita. Reza a lenda que Descartes morreu de frio, porque tinha esquecido o galfo em casa e teve que retornar no meio da nevasca, mas não chegou a tempo do rango.

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  2. Figo- ????? Figo não é o fruto da figueira? Aliás é um fruto verde e gosmento que os gauchos chamam de doce por falta de coisa melhor…rsss

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  3. Mindingo – pode colocar de exemplo o filósofo grego Sócrates que andava peranbulando pelas ruas de Atenas e depois faça uma referência a pirado, pois vivia dizendo que não sabia de nada….rsss….pode ser tb pobrema de nervos…rsss

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  4. Rim – Pode significar uma coisa boa também como no ditado popular “Quem rim por último rim melhor” já que a venda de um orgão desse pode render um bom negócio.

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  5. Prástico – além de remontar ao âmbito da facticidade no aspecto particular da manualidade e utilidade em relação ao ser-no-mundo, tem caráter depreciativo tanto para as classes burguesas como, ela usa copos de prástico (credo diria a emergente), como da classe proletária referida a burguesa, “oi os peito dela é de prástico”. POde-se acrescentar ainda um aspecto ético-filósofico ao associar o uso indiscriminado do prástico à poluição do planeta.

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  6. Arti – coloca aí rsss…. É as pinturas que meu visinho faz quando tamo dormindo. Geralmente com sprei, ele escreve frases bonitas e releitura da realidade a sua volta. Gosta de subir nos predio tb pra todo mundo ve sua arti, ele transforma o pálido das paredes em verdadeiras visões sublimadoras. Tambeim tem o poeta da rua e o velhinho cego que canta na feira, arti popular, mas abstrato é só o meu visinho, esse ta mais maluquinho coitado.

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  7. Arti – pintura rusticas e abstratas nos muros da visinhança, arti do meu visinho que colori os muros mofados com tinta sprei, ou qualquer poduto q colori. Ele é o genio dessa arti nova aí de rua. Ele é meio pintor meio poeta, escrevi frases bonitas no muro da minha rua. Lá no bairro temos essa arti atual, não conheço esses museur com coisa esquisita não, aqui tem arti é só sair no portão e oiá.

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  8. Cara Ben Hazrael onde está o glorioso ADEVOGADO, cuja descrição é deixar a sua vida mais complicada e burocrática naqueles momentos em que ela já está complicada e burocrático

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