História em Quadrinhos

Review/Download: Flashpoint #3

Por onde começo? Bom, talvez a melhor forma de se iniciar esse review seja reconhecer que dou o braço a torcer: Geoff Johns escreveu uma série como nunca escreveu tão bem uma história. Ao menos é minha opinião. Não tem a pieguice de “A Noite Mais Densa” e nem o roteiro mais raso de “Crise Infinita”. Em Flashpoint, Geoff Johns parece ter tudo bem planejado e conduzido. E isso é possível, acredito, por três fatores: (1) maturidade profissional, (2) Geoff Johns escreve uma história de linha alternativa e por isso tem completa liberdade criativa e (3) Andy Kubert que ilustra a história de forma impressionante, sem malabarismos ilustrativos e deixando sua arte realmente atuar de forma compleementar ao roteiro. Estes três são a base de sustentação dessa que é, na minha opinião, uma das melhores histórias envolvendo super heróis dos últimos anos.

E parte dessa minha opinião positiva sobre Flashpoint deriva da forma como os personagens principais interagem e tenho de dizer: o Batman – Thomas Wayne – é uma das 5 melhores versões do personagem que já tomei contato. Johns deixa o personagem complemente distinto de seu filho, o Batman Bruce Wayne de nossa realidade, e isso é um baita mérito. Esse Batman – Cavaleiro da Vingança – é irônico e cético roteirizado de uma forma quase magistral. E vê-lo é imaginar um Clint Eastwood interpretando-o ( Brian Azzarello e Eduardo Risso deixam isso de forma também magistral na série Batman – O Cavaleiro da Vingança) sem delongas.

Nessa terceira edição da série Flashpoint, o Flash Barry Allen (que recupera seus poderes de velocista de forma emocionante), Batman e o Cyborg (que me fez realmente concordar que o lugar de Cyborg é na Liga da Justiça) buscam o Superman num complexo militar. A interação entre os três personagens (o “idealista” Cyborg, o cético e sarcástico Batman e o deslocado Flash) mostra o potencial da revista Justice League escrita por Geoff Johns. Se ele conseguir imprimir o mesmo ritmo de interação entre os personagens da DC como fez neste número acredito que Justice League será um sucesso retumbante. E serei um daqueles e daquelas nerds que ficarão muito felizes de ter essa revista em mãos ou no computador, Ipad, etc.

O intuito desse número #3 de Flashpoint é apontar que o tempo está correndo. E os planos de Cyborg para recrutar uma equipe de heróis para impedir o “apocalispe” resultado da guerra entre o Imperador Aquaman e a Rainha Diana das Amazonas ganha uma chance com a adesão do Batman. Sua liderança e capacidade estratégica, para o Cyborg, são fundamentais para sanar esse conflito. Na edição #1, Batman/Thomas Wayne recusa o convite. Ele é descrente de uma equipe atuando para impedir mais catástrofes causadas pelo conflito amazona-atlante. Mas nessa edição #3 ele aceita. Os motivos podem ser acompanhados ao longo das últimas edições e, neste terceiro número, a ação desenfreada para libertar o diferente Último Filho de Krypton revela um raquítico Superman. A razão? Kal – El nunca viu a luz do sol e por isso não desenvolveu seus poderes. Mas isso é resolvido até o final da história, mas o engraçado é o sarcamos do Batman/Thomas Wayne em ver o “mais poderoso” da realidade do Flash. Fiquei rindo sózinho na sala do meu apartamento como se estivesse assistindo uma comédia.

A série Flashpoint pegou um ritmo excelente. E promete mais  histórias em quadrinhos excelentes. O jeito é aguardar ansiosamente e comprar a edição encadernada quando sair nos EUA. Segue o link para download da edição em inglês.

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